VERMIFUGAR SHIBAS
PARASITAS INDESEJÁVEIS
ANCILOSTOMAS
Não são tão grandes como as “lombrigas” e nos cães são Ancylostoma caninum. O contágio ocorre por meio de alimentos ou água contaminada e os vermes afetam diretamente o intestino dos animais, se alimentam da mucosa do órgão e causam sangramentos que são perceptíveis nas fezes
DIPYLIDIUM CANINUM
O Dipylidium caninum tem relação direta com a pulga ou piolhos, que os hospedam. A característica dessa verminose está em seus sintomas: perda de apetite, quadros de diarreia, dor na região abdominal e apatia.
TOXOCARA CANIS
Os sintomas característicos são o cansaço excessivo, a perda de peso e anemia. Comum em cães, os ovos do verme se alojam no intestino e se transformam em larvas que podem migrar para os brônquios e a traqueia, para retornar ao intestino. Essa patologia afeta órgãos como olhos, pulmões, fígado, rins e cérebro.
LOMBRIGAS
Estes vermes longos parasitas vivem no intestino do hospedeiro privando-o de nutrientes importantes.
TÊNIAS
Estes parasitas podem ser muito compridos, podendo atingir metros e causar obstrução intestinal.
DIROFILARIOSE ou verme do coração
A Dirofilariose é um parasita transmitido pela picada de mosquito. Estes parasitas podem alojar-se no coração do hospedeiro, circulando as larvas na corrente sanguínea. Quando chegam à fase adulta, os vermes da dirofilaria podem começar a obstruir o coração, causando sintomas como dificuldade respiratória, tosse, cansaço, emagrecimento e mucosas arroxeadas. Há humanos que morrem disso.
GIARDIASE
Não se trata exatamente de uma verminose, já que é causada por protozoários (Giardia lamblia). A transmissão ocorre por meio da eliminação de cistos nas fezes do animal contaminado. Esses cistos são muito resistentes e podem sobreviver por meses nos ambientes. Depois de ingerido por um cão, o protozoário se aloja no intestino, causando sinais clínicos gastrintestinais. Entre eles, a diarreia com muco de odor forte e com sangue, vômitos, fraqueza e dor abdominal.
APRESENTAÇÕES ALTERNATIVAS
As principais apresentações dos anti-helmínticos (vermífugos) são líquidos (e pasta), comprimidos e intradérmicos
VERMIFUGAR SHIBAS: FORMULAÇÕES
As formulações pouco variam, giram em torno dos mesmos princípios ativos, com alguns detalhes, tais como comprimidos simples ou saborizados, que não alteram a essência. Os mais frequentes princípios ativos são Pamoato de pirantel + Praziquantel + Febantel e seus sucedâneos.
ABRANGÊNCIA
Há formulações que agregam outros princípios ativos, tais como a Ivermectina ampliando a abrangência. Essa formulação é efetiva para os seguintes parasitas:
Cestóides (vermes chatos)
Taenia multiceps; Taenia pisiformis; Dipylidium caninum; Taenia ovis; Echinococcus granulosus; Taenia taeniaeformis; Echinococcus multilocularis; Joyeuxiella pasqualei; Mesocestoides spp; Taenia hydatigena.
Nematódeos (vermes redondos)
Ancylostoma braziliense; Ancylostoma caninum; Toxocara canis; Toxascaris leonina; Trichuris vulpis; Uncinaria stenocephala.
Protozoários
Giardia spp.
FORMULAÇÕES MENOS ABRANGENTES
Há formulações com menos princípios ativos, como pode ser visto neste vídeo, que se destinam a casos específicos, em que se conhece o verme a combater.
Na verdade, teoricamente, ao invés de vermifugações periódicas, o correto seria fazer exames de sangue e fezes e identificar a ocorrência ou não de vermes e em caso positivo, quais vermes, para ministrar vermífugos apenas quando necessário e na medida certa.
Mas, na prática, e minha veterinária concorda, os exames não são tão simples, há falsos negativos e positivos e se precisa repeti-los, de tal modo que o mais racional e adotar a periodicidade de combate.
O proprio Conselho Tropical para Parasitos de Animais de Companhia afirma que “O diagnóstico de infecções parasitárias gastrointestinais pode ser complicado pela ausência ou eliminação intermitente de oocistos, ovos e/ou larvas nas fezes, mesmo em casos sintomáticos. Testar três ou mais amostras, em dias alternados, pode aumentar a probabilidade de encontrar formas parasitárias diagnósticas nas fezes“. Assim, fica para a maioria dos tutores impraticável fazer os testes.
UM GRANDE ACHADO
Acostumados a utilizar o vermífugo líder do mercado, nunca pesquisamos preços. O bom conceito do produto nos tranquilizava quanto a sua eficácia.
Mas, em uma agropecuária de periferia, onde fomos buscar mudas de citronela para plantar no canil, resolvemos solicitar ao veterinário plantonista uma recomendação de vermífugo. Ele me indicou o BULVERMIN PLUS, de que eu nunca havia ouvido falar. Comprei.
Curioso, fui ver a bula. Para minha surpresa, sua composição é idêntica à do líder do mercado, salvo pelo excipiente, que é mais reduzido, o que é melhor porque o comprimido é bem menor, mais fácil de esconder em petiscos.
CONCLUSÃO
Adultos
Do que li, assisti e consultei, resolvi adotar os seguintes procedimentos, para o meu caso, em que os Shibas são criados soltos, em meu sítio.
Ministrar vermífugos de amplo espectro, em comprimidos, da linha “plus” mais barato, trimestralmente, nos meses de janeiro, março, junho e setembro, em duas doses, uma no início e outra 15 dias após. Há formulações com maior tempo de eficácia, que permitem a dose única, abrangendo adultos e larvas, mas não me pareceu conveniente.
Uma vez por ano, repetir a dose por três dias, para eliminar vermes menos comuns ou adotar uma formulação mais potente para o mesmo efeito.
Ainda que eu saiba que o correto é enfiar o comprimido na garganta do cão, eu não consigo fazer isso regularmente, prefiro introduzir o comprimido em um pedação de carne ou outro petisco.
Filhotes
Ministrar a primeira dose aos 30 dias, em formulação para filhotes, e as demais aos 45 e 60 dias. Para os filhotes, a forma de líquido é mais fácil de dosar e mesmo de aplicar com uma seringa.
MANIPULAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Uma alternativa a considerar é a manipulação de medicamentos: Veterinários podem prescrevem fórmulas de preparo, que serão específicas e podem sair menos onerosas e mais efetivas. Não vejo conveniência em manipular vermífugos, pois que não encontro vantagens expressivas, mas em outros casos, pode se justificar.
Por exemplo, sempre me senti desconfortável com os medicamentos comerciais para ouvido, vendidos em embalagens pequenas e com bicos curtos. Assim, há muito, quanto enfrento alguma otite, mando manipular, definindo a quantidade necessária para todo o tratamento e requerendo um bico alongado que atinja a parte interna do ouvido. Funciona melhor.
Talvez seja o caso dos shampoos para dermatite e outros casos, caríssimos, mesmo quando comparados com produtos humanos. Vale a pena consultar uma farmácia de manipulação e verificar que produtos mais comercializam.