3 Doenças Genéticas do Shiba

Doenças Genéticas do Shiba

Seguradoras e bancos de dados hospitalares centralizados monitoram as apresentações de doenças mais frequentes, o que ajuda os veterinários a entenderem as doenças genéticas mais comuns. As condições mais frequentes, a seguir relatadas, são complexamente herdadas e envolvem combinações de múltiplos genes e fatores ambientais. Doenças genéticas devem ser reconhecidas na prática porque devem ser tratadas como doenças crônicas, não episódicas.

Rara = menor que 1% da população, na prática muito menos do que isso.

A maioria delas não se aplica ao Shiba, como podem ver na tabela acima. As que incidem em nossa raça, como vemos são de frequência insignificante.


A patela, ou rótula, é o pequeno osso que fica na frente do joelho e faz a “conexão” da musculatura anterior da coxa com o tendão patelar.

Luxação de patela acontece quando o osso desliza para fora do lugar, seja parcialmente ou por completo, levando à dor e perda de função. Mesmo que a patela volte ao lugar sozinha, ainda será necessário tratamento para o alívio dos sintomas dolorosos e uma avaliação precisa do quadro.

Doenças Genéticas do Shiba

O principal meio de diagnóstico da luxação de patela em cães é a palpação, realizada pelo médico veterinário. É importante que esse diagnóstico clínico seja acompanhado por exames de raio-X para observar com precisão os níveis de degeneração, já citados.

Normalmente, o fluido produzido dentro do olho (humor aquoso) deve drenar adequadamente através de um sistema que está localizado na junção entre a córnea e a íris. Quando o ângulo da drenagem é estreito, o fluido não pode drenar adequadamente, resultando em um aumento da pressão dentro do olho.

O diagnóstico de glaucoma geralmente envolve medidas da pressão intraocular, exames oftalmológicos detalhados e possivelmente exames de imagem, como a ultrassonografia ocular. O tratamento do glaucoma em cães pode incluir medicação para reduzir a produção de fluido intraocular, medicamentos para melhorar o fluxo de drenagem ou cirurgia para criar uma via de drenagem.

É importante notar que o glaucoma é uma condição crônica que requer gerenciamento contínuo e monitoramento regular pelo veterinário. Infelizmente, mesmo com tratamento adequado, a perda da visão pode ocorrer em alguns casos. Por isso, é fundamental detectar e tratar o glaucoma o mais rápido possível para maximizar as chances de preservar a visão do seu cão.

A publicação do Comitê de Genética do Colégio Americano de Oftalmogolia Veterinaria, que nos foi gentilmente cedido pela Clinica Liebernecht, com base em exames em 3.857 Shibas, ao longo de três anos recentes, apresenta resultados diferentes dos contidos no Relatório do Congresso da Associação Veterinária Mundial de Pequenos Animais, possivelmente, por limitar os estudos aos EUA.

Todas as sete desordens oculares registradas que acometem os Shibas nesse estudo estudo são de herança “não definida”. Além disso, a incidência de glaucoma no Shiba, como relatado acima, é de 0,2%, ou seja, apenas um caso em mais de 3700 animais. Quatro variedades de desordens nas palpebras, também constantes dessa publicação são igualmente infrequentes, exceto cílios anormalmente localizados na margem da pálpebra, o que pode causar irritação ocular, que atinge 2%, com 12 casos.

Nos estudos que realizamos, encontramos muitas doenças associadas geneticamente a quase todas as raças mais conhecidas. No Practical Genetics for Dog Breeders, de Malcom B. Willis, dentre 128 defeitos geneticamente herdados por cães de diferentes raças, o Shiba apenas é citado em uma delas a “Coluna Curta”: um excessivo encurtamento da coluna, de herdabilidade insignificante, que acomete o Shiba, o Greyhound e o Boxer e é dita “muito rara”, ou seja, um ou dois casos por 1.000 animais, ou menos do que isso. Essa doença é autossomica recessiva.

A National Shiba Club of America, em estudo sobre doenças do Shiba, conclui que a doença mais frequênte do Shiba, que não tem origem genética, é a Dermatite alérgica à picada de pulga (DAPP), que somente vai acometer aqueles cães que não recebam o devido cuidado.

Portanto, entre tantos méritos de nosso pequenos samurais, ainda descobrimos que em sua evolução milenar foi superando fragilidades e defeitos, tornando-se um cão saudável por natureza.

O melhor remédio para o quem desejar possuir um Shiba é lidar apenas com criadores reconhecidos e de boa reputação que verdadeiramente se preocupem em criar Shibas corretos e de linhagens destacadas, já escoimadas de fragilidades ou defeitos.

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