OBESIDADE EM CÃES
MOTIVAÇÃO
OBESIDADE EM CÃES
RAÇAS PREDISPOSTAS
SHIBAS
CLASSIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO CORPORAL
INDICE DE MASSA CORPORAL
CLASSIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO MUSCULAR
FATORES DE RISCO
IDADE
SEXO E CASTRAÇÃO
FATORES AMBIENTAIS
EXCESSO DE INGESTA CALÓRICA
CRENÇAS E COMPORTAMENTOS DOS PROPRIETÁRIOS
EFEITOS MALÉFICOS DA OBESIDADE
DIABETE MELLITUS
DOENÇA CARDIORESPIRATÓRIA
FREQUÊNCIA ALIMENTAR
MANEJO ALIMENTAR PARA OBESOS
RAÇÕES TERAPÊUTICAS
JEJUM INTERMITENTE
ALIMENTAÇÃO NATURAL
EXERCÍCIOS FÍSICOS
PROGRAMAÇÃO DO OBJETIVO
CONCLUSÃO
MOTIVAÇÃO
Há pouco, enfrentei a dura realidade de ver que minha querida Tokyo, melhor Shiba jovem do Brasil em 2023, se tornou obesa por excesso de indulgência.
Quando viemos a precisar dela, para uma estratégia de conquista do ranking CBKC, neste ano, descobrimos que o nosso descaso inviabilizou o seu retorno imediato às pistas. Claro está que, logo, tomamos medidas para retornar a sua costumeira elegância. O processo de restrição alimentar e exercícios a que a submetemos exigiu cerca de dois meses.
OBESIDADE EM CÃES
O sobrepeso e a obesidade em cães são um problema crescente, com uma prevalência de até 50% em muitos países. O excesso de adiposidade pode ter efeitos prejudiciais na saúde do cão, com risco de início precoce de doenças crônicas, redução do bem-estar e vida reduzida.
Existem algumas condições que predispõem à obesidade nos animais, como raça, espécie, genética, fisiologia, rotina alimentar e rotina de exercícios, uso de fármacos, castração, entre outros; por isso é de suma importância dedicar um cuidado a esta doença.
RAÇAS PREDISPOSTAS
Possuem predisposição genética para desenvolvimento desta afecção o Labrador, o Golden Retriever, o Basset Hound, o Dachshund, o Cocker Spaniel, o Beagle e o Cavalier King Charles Spaniel. Dentre os cães de pequeno porte, estão o Poodle, o Pug, o Lhasa Apso e Shitzu. Em relação aos cães classificados como gigantes, o Dogue Alemão, o Fila Brasileiro, o Sheep Dog e o Bullmastiff estão alistados, conforme estudo Principais aspectos da obesidade em cães, publicado na REVET – Revista Científica do Curso de Medicina Veterinária – FACIPLAC, 2016.
SHIBAS
Mais uma vez, nossos Shibas, caçadores, estão fora de relações negativas, como essa.
Aparentemente por um lapso, na seção Tamanho?Peso do Padrão da Raça da CBKC, é reproduzido o texto do padrão oficial da FCI em inglês, onde está disposto apenas o tamanho.
Já no Padrão do AKC esse lapso é corrigido sendo informados, além do tamanho os limites de peso, que convertemos para centímetros e quilogramas:
Tamanho, proporção, substância: Machos de 36,8 a 41,9 centímetros na cernelha. Fêmeas de 34,3 a 39,4 polegadas. O tamanho preferido é o meio da faixa para cada sexo.
O peso médio no tamanho preferido é aproximadamente 10,4 quilogramas para machos e 7,7 quilogramas para fêmeas. Os machos têm uma proporção entre altura e comprimento de 10 a 11, fêmeas um pouco mais longas. Osso é moderado.
Desqualificação – Machos com mais de 41,9 centímetros e menos de 36,83 centímetros. Fêmeas com mais de 39,4 polegadas e menos de 34,3 centímetros.
PADRÃO DA NIPPO
CLASSIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO CORPORAL
Sabemos bem que é impraticável enfrentar um problema sem medidas ou métricas, que auxiliem em sua avaliação. Assim, primeiramente, vamos adotar um sistema de mensuração do sobrepeso.
Um método amplamente aceito e prático para avaliar o excesso de adiposidade em cães é o sistema de Escore de Condição Corporal (ECC). O sistema ECC é um método subjetivo e semiquantitativo que utiliza características visuais e palpáveis para avaliar a gordura corporal e estimar o peso corporal ideal, independentemente da raça ou tamanho do animal.
A Purina desenvolveu um sistema de pontuação de condição corporal de 9 pontos para cães, que atualmente é recomendado para uso pela World Small Animal Veterinary Association (WSAVA).
A condição corporal ideal é definida como cintura visível (quando vista de cima) e esgalgo abdominal (perfil lateral) e costelas facilmente palpáveis.
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
Assim como empregado para humanos, há também um índice mais simples para avaliar a obesidade, o índice de Massa Corporal (IMC).
O Índice de Massa Corporal para cães resulta da divisão entre o peso corporal em quilogramas e o quadrado da altura em metros (kg/m2). É um método simples, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde, usado para classificar o baixo peso, peso ideal, excesso de peso e obesidade em indivíduos adultos.
Obtenção da estatura do cão para o cálculo do IMCC. A linha preta representa o trajeto da trena sobre a coluna até o limite plantar do membro posterior
- Meça o peso do cão em quilogramas (kg).
- Meça o comprimento do cão desde a nuca até a base da cauda em metros (m).
- Divida o peso pelo quadrado do comprimento.
Por exemplo, se um cão pesa 20 kg e tem um comprimento de 0,5 m, o cálculo seria:
20 kg X 0,5 m 2 = 5
IMCC KG/M2 | ESCORE |
1,8 a 15 | IDEAL |
Abaixo de 1,7 | MAGRO |
Entre 15,1 e 18,6 | SOBREPESO |
Acima de 18,7 | OBESO |
O IMCC ideal para cães cujo tipo físico é de médio porte (peso médio entre 10 e 25 kg), como os Shibas, compreende valores entre 1,8 e 15 kg/m2
CLASSIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO MUSCULAR
Além de avaliar o escore de condição corporal, avaliar a massa muscular é importante para ajudar a explicar as perdas de massa corporal magra que podem ocorrer mesmo em animais com excesso de peso.
O sistema WSAVA Muscle Condition Score (MCS), que foi validado em pesquisas publicadas e revisadas é uma ferramenta para tanto. Com base na avaliação visual e palpação, a massa muscular é classificada como normal, ou como perda muscular leve, moderada ou grave.
A condição muscular é avaliada mediante a visualização e palpação da coluna, escápulas, crânio e asas do ílio. A perda muscular é, tipicamente, observada pela primeira vez a nível dos músculos situados de cada lado da coluna vertebral; a perda muscular a outros níveis pode ser observada de forma mais variável. A condição muscular é classificada como normal, perda ligeira, perda moderada ou perda acentuada. Notar que os animais podem apresentar uma perda muscular significativa mesmo que apresentem excesso de peso
A massa corporal magra inclui músculos e órgãos esqueléticos, essencialmente tudo, exceto gordura. Manter a massa corporal magra é importante para a saúde geral. A massa corporal magra serve como um reservatório de aminoácidos a partir do qual cães podem construir as proteínas que são componentes essenciais de todas as células, incluindo células imunológicas, glóbulos vermelhos e hormônios.
É importante ressaltar que a massa corporal magra também é responsável por 95% da taxa metabólica de um animal (a taxa na qual as calorias são usadas pelo corpo). Uma porcentagem maior de massa corporal magra, em comparação com a gordura, geralmente aumenta o metabolismo de um animal, favorecendo seu emagrecimento.
FATORES DE RISCO
Além da mencionada predisposição genética (RAÇAS PREDISPOSTAS), são importantes:
IDADE
Animais de meia-idade são mais propensos a estar acima do peso ou obesos do que jovens, idosos ou geriátricos. No entanto, estar acima do peso ou obeso na infância pode aumentar o risco quando adulto.
SEXO E CASTRAÇÃO
Pesquisas mostram um risco aumentado de sobrepeso e condições corporais obesas em cadelas. A castração aumenta o risco de ganho de peso. Um estudo descobriu que 38% dos cães castrados estavam com sobrepeso ou obesidade em comparação com aproximadamente 25% dos cães normais.
Após a castração, os cães aumentam a ingestão de alimentos e, portanto, a ingestão de energia.
O aumento do risco de sobrepeso ou obesidade após a castração pode estar relacionado à diminuição dos níveis de hormônios sexuais, especialmente o estradiol, um hormônio que tem efeito inibitório sobre o apetite. Outros estudos relataram que cães gastam menos energia após a castração
Os níveis de hormônios sexuais também podem afetar a atividade física, mas os dados em animais de estimação são muito limitados.
FATORES AMBIENTAIS
À medida que os humanos estão levando estilos de vida mais sedentários, o mesmo acontece com seus animais de estimação. Muitos cães vivem dentro de casa e são alimentados com guloseimas regularmente, resultando em demandas metabólicas reduzidas em comparação com as de um cão que vive ao ar livre e procura comida. A pesquisa mostrou um risco aumentado de excesso de peso em cães que se exercitam com pouca frequência.
CURIOSIDADE ESTRATÉGICA
Lembro bem que meu irmão, médico, relatou que o spa internacional mais competente do mundo, especializado em emagrecimento, tinha sua sede em um amplo terreno e entre outras estratégias, distanciava a áreas de dormitório, alimentação e ginástica com vários quilômetros entre si, constrangendo os pacientes a grandes deslocamentos.
EXCESSO DE INGESTA CALÓRICA
Alimentos comerciais para cães são elaborados para atendimento de necessidades médias de energia, que podem diferir da realidade de casos específicos. Assim, os proprietário de cães sedentários podem estar sobrealimentando seus cães, sem o saber.
É preciso cuidado inclusive com os filhotes, pois eles também podem ser prejudicados pela obesidade, embora seja bem mais rara em virtude de seu alto consumo de energia para o crescimento.
CRENÇAS E COMPORTAMENTOS DOS PROPRIETÁRIOS
Pesquisas descobriram que os donos de animais de estimação com sobrepeso ou obesos eram mais propensos a observá-los durante as refeições, dar-lhes restos de comida ou guloseimas e interpretar qualquer comportamento de busca de atenção como implorar por comida.
Um estudo descobriu que os donos que exibiam um alto grau de apego em relação a seus cães forneciam mais guloseimas e interagiam mais, refletindo em um escore mais alto de condição corporal. Donos de cães podem não medir ou podem medir de forma imprecisa a comida e, portanto, superalimentar.
EFEITOS MALÉFICOS DA OBESIDADE
O motivo maior de preocupação com a obesidade está nas doenças associadas que acometem o organismo. Animais obesos possuem tendência a desenvolver doenças cardiorrespiratórias, ortopédicas, dermatológicas, distúrbios reprodutivos e urinários, diabetes mellitus, complicações cirúrgicas e anestésicas e também formação de canceres.
Aos dois anos de idade, os cães magros tinham metade da frequência de displasia coxofemoral do que os cães do grupo controle e, ainda, a displasia coxofemoral foi muito menos grave.
Aos 8 anos de idade, os cães magros tiveram menor prevalência de osteoartrite em múltiplas articulações. Quarenta e cinco por cento dos cães alimentados de controle tinham evidências radiográficas de osteoartrite em 2 articulações, em comparação com apenas 5% dos cães magros. Trinta e dois por cento dos cães de controle tinham evidência radiográfica de osteoartrite em 3 articulações contra apenas 5% dos cães magros.
A idade média em que 50% dos cães de cada grupo iniciaram tratamento de longo prazo necessário para osteoartrite foi significativamente mais tarde para o grupo magro do que para o grupo de controle.
Cães magros não apenas viveram em média 15% mais, mas apenas 50% do grupo magro apresentou sinais radiográficos de osteoartrite do quadril em comparação com 83% dos cães de controle. Pesquisas adicionais mostraram que a perda de peso em cães com sobrepeso e obesos com osteoartrite melhorou os escores de claudicação.
DIABETE MELLITUS
O diabetes em cães é tipicamente mais semelhante ao diabetes tipo 1 em pessoas em que a causa subjacente é frequentemente uma condição autoimune que destrói as células beta pancreáticas. Embora a obesidade não pareça ser um fator de risco direto para diabetes canino, a resistência à insulina foi relatada em cães com sobrepeso e obesos e pode tornar o diabetes canino mais difícil de controlar.
DOENÇA CARDIORRESPIRATÓRIA
Embora a obesidade não seja um fator de risco primário para o desenvolvimento de doenças cardíacas em cães, a pesquisa mostrou que um maior grau de gordura intra-abdominal está associado a uma maior incidência de doenças cardíacas em cães. Animais com excesso de peso também podem ter o seguinte:
• Frequência cardíaca em repouso e pressão arterial sistólica mais altas
• mais marcadores inflamatórios no sangue, uma condição associada a doenças cardíacas
• espessura anormal do ventrículo esquerdo do coração
Em cães, a obesidade pode comprometer a função respiratória. Além disso, o excesso de peso pode aumentar o risco de desenvolvimento de colapso traqueal em cães pequenos e pode piorar a paralisia laríngea e a síndrome de obstrução das vias aéreas braquicefálicas.
OUTRAS CONDIÇÕES
A obesidade também tem sido associada a distúrbios urinários, doença bucal, doenças de pele. E, ainda, diminuição da mobilidade, tumores gordurosos (lipomas). hipertensão, dificuldades respiratórias, baixa imunidade, aumento do risco de complicações anestésicas.
FREQUÊNCIA ALIMENTAR
Estudos comprovam que é comum observar um sobrepeso em cães que se alimentam apenas duas vezes ao dia, diferente dos animais que possuem várias refeições diárias, de modo fracionado.
Nós, aqui, no ShibaShow adotamos o regime de “self service”, com o recipiente de ração permanentemente cheio. Nunca tivemos casos de obesidade, salvo se, como no caso da Tokyo, uma cuidadora gentil complementar essa dieta com “gostosuras” ou comida humana em excesso.
“Se o tutor deseja fornecer petiscos, estes deverão ser fragmentados em pedaços menores; assim como o tipo de petisco, o tamanho desse alimento não é importante para o cão. Então, na verdade, você fornecerá muitos petiscos pelo preço de 1! O uso de outros alimentos, incluindo aqueles destinados aos humanos, deve ser evitado ao máximo possível, exceto frutas e legumes ricos em água (p. ex., abobrinha e melancia). Esses dois tipos de alimentos apresentam um teor muito baixo de calorias e, portanto, uma quantidade razoável pode ser fornecida e ainda permanecer abaixo da regra dos 10%. Obviamente, os alimentos conhecidos por serem tóxicos devem ser proibidos (p. ex., chocolate).
Outras dicas para ajudar a controlar o fornecimento de alimentação extra envolvem medidas não só para manter os pets distantes da cozinha durante o preparo das refeições, mas também para impedi-los de permanecer na sala de jantar nas horas das refeições. Para reduzir o risco de furto de alimentos, as áreas de preparo e as mesas de jantar devem ser esvaziadas antes que os pets voltem; além disso, as latas de lixo e os depósitos de alimentos devem ser devidamente protegidos.” Enciclopédia do Cão da Royal Canin
Para solucionar a problemática da obesidade, é necessário que o desequilíbrio energético corporal seja controlado e, como comentado anteriormente, é importante que haja uma diminuição da ingestão de calorias e um aumento de exercícios físicos para o ampliar o gasto energético.
MANEJO ALIMENTAR PARA OBESOS
É imprescindível alterar a composição da dieta dos animais obesos para que o processo de emagrecimento seja saudável e equilibrado. A quantidade de proteínas e de fibras administradas devem ser aumentadas, assim como o ômega 6 e ômega 3, os carboidratos devem ser limitados, a umidade das refeições pode ser aumentada e uma suplementação de L-carnitina também é relevante pois possui diversos benefícios para o organismo.
A dieta tem que possuir uma menor densidade, aumentando a quantidade de fibras e de água, pois assim, induzirá o preenchimento gástrico levando o animal à saciedade. Durante o programa de emagrecimento, é comum observar, inicialmente, uma redução de massa muscular magra, o que é desfavorável.
RAÇÕES TERAPÊUTICAS
Há várias rações terapêuticas que facilitam a rotina dos tutores quando se trata de estabelecer um regime de emagrecimento, normalmente a preços elevados. Sendo essa a escolha, basta decidir por uma boa marca, tal como a Royal Canin, a Hills, a Purina e adotar as composições dietéticas.
No Brasil, 94% dos cães com sobrepeso são alimentados com rações de manutenção, ou seja, rações normais escolhidas pelos próprios tutores. Apesar de as mais recomendadas para o tratamento serem as lights e as hipocalóricas, estudos mostram que nem sempre os proprietários realizam a escolha adequada ou decidem gastar mais para esse efeito.
JEJUM INTERMITENTE
O jejum intermitente como prática de intervenção alimentar é uma técnica recente que já possui estudos que comprovam sua eficácia, tanto em seres humanos quanto em animais.
Ainda são necessárias algumas pesquisas mais profundas para que esta técnica passe a ser utilizada com segurança e maior frequência na rotina clínica, mas é evidente que possui inúmeros benefícios em relação à perda de peso, e que ainda contribui no melhor desempenho do metabolismo orgânico e na saúde sistêmica; podendo ser um método alternativo para o tratamento da obesidade nos animais que não possuam contraindicação.
ALIMENTAÇÃO NATURAL
A alimentação natural é outra opção de fornecer uma nutrição adequada aos pets obesos a um custo menor. Por possuir uma alta palatabilidade, é uma alternativa muito bem aceita pelos cães, além de ser uma dieta formulada especificamente para a necessidade de cada animal.
Os ingredientes utilizados são frescos e de qualidade excelente, podendo ser oferecidos cozidos ou crus. Estudos comprovam a maior perda de gordura e aumento de massa magra em animais que consomem a dieta caseira e incluem exercícios físicos na rotina, fazendo essa uma excelente escolha para o tratamento de cães obesos.
Claro está que é dieta para proprietários organizados, com tempo disponível ou com empregados dedicados, pois que, diferente das rações comerciais, há um processo artesanal de fabricação. Para que não haja déficit de nutrientes, será útil adicionar preparados (premix) com vitaminas e elementos complementares.
EXERCÍCIOS FÍSICOS
O sedentarismo gera um desequilíbrio energético importante no organismo, e por isso está diretamente relacionado à obesidade. É de extrema relevância que os cães tenham o hábito de realizar exercícios físicos com certa frequência para que o gasto de energia seja proporcional à quantidade de ingestão calórica.
A prática de exercícios físicos intensifica a oxidação de lipídios dos músculos e aumenta o gasto energético. É comum que, inicialmente, um cão obeso tenha dificuldade em se exercitar devido ao impedimento da mobilização, sendo necessário que esta prática comece de maneira leve e gradualmente se torne mais intensa, de acordo com a adaptação do animal.
Muitas vezes, basta estimular o cão a buscar uma bola ou um frisbee sucessivas vezes, ou brincar de esconde esconde Ou algo similar. Em duplas, os cães, normalmente, brincam sozinhos, movimentando-se bastante.
PROGRAMAÇÃO DO OBJETIVO
A perda de peso gradual, ou seja, 1-2% do peso corporal por semana para cães, ajuda a manter a massa corporal magra e reduzir a reincidência de ganho de peso. No caso do Shiba, isso implicaria uma perda aproximada de 150 gramas por semana. Assim, uma recuperação de excesso de, digamos, 4 kg, deveria ser obtida em um período de seis meses.
Uma dieta terapêutica para perda de peso, formulada para fornecer nutrição completa e balanceada com menor impacto calórico, pode ser preferível à alimentação com uma quantidade menor do alimento atual do animal, pois reduzi ir a dieta de manutenção pode resultar em uma ingestão inadequada de nutrientes essenciais e deixar o animal sem saciedade, levando a comportamentos de busca por alimentos.
Se o dono de um animal optar por alimentar uma dieta caseira, uma consulta com um nutricionista veterinário é recomendável para garantir que uma dieta completa e balanceada seja fornecida.
CONCLUSÃO
Um novo estudo da Universidade de Copenhague relata que a prevalência de cães com excesso de peso é marcadamente maior entre os donos com excesso de peso do que entre os donos de peso normal. É o primeiro grande estudo sobre obesidade canina na Dinamarca.
A obesidade gera um desequilíbrio orgânico severo no metabolismo, fazendo com que a manutenção do peso corporal seja essencial para a perfeita saúde e bem estar dos animais.