6 Alterações no Cio da Cadela

Cio da Cadela – Alterações

Algumas fêmeas caninas no decorrer de sua vida reprodutiva podem manifestar cios atípicos, que podem ou não interferir diretamente na reprodução. Como é sempre um motivo de preocupação para o criador, vamos apresentar algumas alterações que podem ocorrer durante o ciclo estral da cadela.

1) CIO FRAGMENTADO

No cio fragmentado, a fêmea aparenta entrar no cio normalmente e o proestro parece progredir sem alterações, com edema vulvar, sangramento vaginal, atração dos machos. Porém, após alguns dias ela sai do cio abruptamente.

E após 3 a 12 semanas, ela entra no cio novamente, agora completando o período normal (proestro e estro). O primeiro destes períodos não é fértil e não vai haver concepção mesmo que ocorra acasalamento. O segundo geralmente é um cio fértil, mas pode estar associado a baixa fertilidade.

O cio fragmentado é mais comum em fêmeas pré-púberes mas pode ocorrer em fêmeas mais velhas. A causa exata do cio fragmentado é desconhecida, mas acredita-se que ocorre devido ao desenvolvimento folicular incompleto com uma falha na ovulação. É uma condição que se resolve espontaneamente, não necessitando de tratamento.

2) CIO SILENCIOSO

No cio silencioso, também conhecido como cio seco, a fêmea manifesta pouco ou nenhum sinal externo de cio, como edema vulvar ou sangramento vaginal. O criador frequentemente acaba perdendo este cio e acredita erroneamente que a cadela está com um intervalo muito extenso entre os cios.

Se o criador mantiver um padreado no mesmo ambiente, este macho irá detectar o cio silencioso. Exames como vaginoscopia, citologia vaginal e dosagem de progesterona sérica também confirmam o cio. Apesar de ser um quadro que não interfere diretamente na fertilidade da fêmea, é necessário um monitoramento acurado do cio com veterinário especialista para determinar o memento ideal para o acasalamento.

3) CIO PERSISTENTE

No cio persistente, a fêmea apresenta sinais de cio continuamente por mais de 4 semanas ou de maneira intermitente. Pode ser causado por falha na ovulação, cisto ovariano ou tumor ovariano. O tratamento vai depender da causa mas o prognóstico reprodutivo nestes casos e reservado a desfavorável. Fêmeas que apresentam cio persistente são mais predispostas a desenvolver piometra,

4) ANESTRO PERSISTENTE

É uma condição em que a fêmea não manifesta mais cios após ter tido previamente cios normais. Existem inúmeras causas incluindo problemas endócrinos e cistos ovarianos. É necessária a investigação da causa através de diversos exames para tentar estabelecer a fertilidade.

5) INTERVALOS CURTOS ENTRE CIOS

Intervalos interestrais menores do que 4 meses geralmente estão associados com quadros de infertilidade porque o útero precisa de um tempo maior para se preparar para uma nova gestação. A causa exata deste encurtamento no ciclo estral é desconhecida mas um intervalo menor entre os cios pode ser considerado normal em algumas fêmeas ou em algumas raças como na raça pastor alemão.

6) EFEITO DORMITÓRIO

É o efeito que uma cadela no cio provoca sobre outras fêmeas que coabitam o mesmo ambiente, sincronizando o cio com elas.

Presume-se que este seja mediado por feromônios, substância produzidas e secretadas pelas fêmeas em estro para atrair machos mas que podem estimular o aparecimento do cio em outras fêmeas próximas que captam o odor do feromônio. É um fenômeno que não interfere na fertilidade mas poderá ter impacto no manejo da criação do canil.

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FIM DO ARTIGO

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O estro é um período crucial no ciclo reprodutivo das cadelas. Apresentamos as quatro fases desse ciclo e, em seguida, fornecemos um diagrama para ilustrar .

1. Proestro:
   • Dura cerca de 7 a 9 dias.
   • Durante essa fase inicial, a cadela pode apresentar sangramento vaginal.
   • Ela ainda não está receptiva para a cópula.
   • Os níveis de estrogênio começam a aumentar, preparando o corpo para a ovulação.
2. Estro:
   • Dura de 5 a 9 dias.
   • É a fase em que a cadela está receptiva para acasalar.
   • Ocorre a ovulação.
   • A fêmea pode aceitar o macho e atrai os machos com seu comportamento e odor corporal característicos.
3. Diestro:
   • Após o estro, vem o diestro.
   • É a fase de gestação ou pseudogestação.
   • Os níveis de progesterona aumentam, preparando o útero para a gestação.
   • Caso a cadela não tenha sido fecundada, o diestro ocorre de forma similar, mas sem a presença de gestação.
4. Anestro:
   • É a fase de repouso do ciclo estral.
   • Não há atividade reprodutiva.
   • Os níveis hormonais estão baixos, e a cadela não apresenta sinais de receptividade sexual.
   • Pode durar semanas ou meses, dependendo do animal e de fatores como idade e condição física.

Lembrando que o ciclo estral pode variar de acordo com a raça, o tamanho e a idade da cadela, bem como fatores ambientais e nutricionais. Manter um controle adequado do ciclo estral é fundamental para prevenir gestações indesejadas e garantir a saúde reprodutiva do animal .