Acasalamento, relativo a cruzamento de cães, que se faz através de “monta” do macho sobre a fêmea.

A Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) é a entidade mater da cinofilia nacional. Foi criada como sucessora dos convênios nacionais e internacionais do Brasil Kennel Clube, e tem sede no Rio de Janeiro. É a única instituição vinculada à Fédération Cynologique Internationale (FCI), maior comunidade canina do mundo. A CBKC também possui convênios com os Clubes AKC (EUA), CKC (Canadá), The Kennel Club (Inglaterra) e ANKC (Austrália).

Lugar anatômico, situado ao final do lombo e início do pescoço. É onde se mede a altura do cão.

O termo “cegueira do canil” refere-se a um fenômeno no qual um criador é incapaz de julgar ou criticar seu próprio plantel e incapaz de perceber que um cão dentro de seu programa não deve ser criado.

Uma cepa, quando se trata de vacinas, é uma variante que é construída de maneira diferente e, portanto, poderá não ter a mesma resposta imune de outra variante para a qual a vacina foi constituída.

Período de ovulação das fêmeas, caracterizado por sangramento, cuja frequência normal é de seis meses e perdura por dez dias, seguido de um período fértil de 5 dias, durante o qual as fêmeas ficam possuídas de desejo sexual. Também chamado de estro.

O cio da cadela é um período importante e marcado por várias fases. Vou explicar cada uma delas para você:

1. Pró-estro: Essa é a fase de preparação para a ovulação. Durante o pró-estro, a cadela apresenta sangramento vaginal e fica mais dengosa, buscando carinho dos tutores e outros animais da casa.

2. Estro: Nessa fase, a ovulação ocorre de fato. A vulva da cadela aumenta e ela produz muco para facilitar a cruza. É quando a fêmea escolhe o macho com o qual irá aceitar a monta. Lembre-se de que nem toda cadela aceitará qualquer macho, e forçar a cruza não é recomendado.

3. Metaestro: Essa é a fase da gestação e lactação. A gestação dura cerca de 62 dias, e os filhotes devem ser amamentados por 2 meses.

4. Anestro: O anestro é o período de descanso sexual, durando aproximadamente 6 meses. É o intervalo entre um cio e outro.

É o líquido secretado nas primeiras mamadas dos filhotes com o leite.
O colostro apresenta inúmeras propriedades e componentes conhecidos e desconhecidos. As funções das células encontradas no colostro ainda não são completamente definidas, porém sabe-se que estas células ampliam os mecanismos de defesa nos recém-nascidos por transferência de imunidade e por mediação celular.

Double Merle (Homozigoto Merle) é o termo comum para um cão com duas cópias do gene Merle.

Antigamente, só precisávamos nos preocupar com dois elementos:
Genótipo, ou seja a carga genética que foi transmitida, pelo concurso do genitor e da genitora, e o
Fenótipo, ou seja, a manifestação dessa carga, física e mentalmente, no exemplar.
Como vimos, o fenótipo decorre do genótipo dos pais, de acordo com diversas regras de manifestação dos genes recebidos de cada um, tais como a dominância e recessividade, a poligenia, e outras.
Modernamente, descobrimos que além dessas duas dimensões, incide mais uma, a epigenética, que pode ser traduzido como “por sobre a genética”.
O genótipo decorre do DNA, mas o DNA é idêntico em todas as células do nosso corpo. Seja o humor aquoso do nosso olho, um osso da nossa perna, o fígado ou o neurônio, todos têm o mesmo DNA, muito embora se manifestem diferentemente.
O que a epigenética descobriu e que é importante para a criação de cães de raça, é que determinados estímulos ambientais ou de outra natureza diferenciam os indivíduos, sendo essa a razão por que gêmeos de mesmo genoma se demonstram diferentes entre si.
A epigenética esclarece que o mesmo DNA pode ter características ativadas, evidenciadas, ou neutralizadas. Não muda o genoma, mas muda o fenótipo.
Enquanto a genética está associada à sequência do DNA, a epigenética refere-se às informações reversíveis que são introduzidas nos cromossomos e replicadas estavelmente durante as divisões celulares, mas que não modificam as sequências do código e dessa forma alteram o fenótipo sem mudar o genótipo.
A epigenética permite que filhotes devidamente estimulados em períodos críticos se tornem melhores, pela melhor exploração de sua carga genética. É o que fazemos em nosso canil.
Gostamos de exemplificar dizendo que uma espada tem a mesma liga de aço do que a outra, mas uma espada que foi devidamente temperada, com calor e frio em sucessivas camadas, será muito superior à outra.

Letal para ácaros.

A Fédération Cynologique Internationale é a Organização Mundial Canina. Inclui 98 membros e parceiros contratuais (um membro por país) que emitem seus próprios pedigrees e treinam seus próprios juízes.
No Brasil, a CBKC.

Enquanto o genótipo se refere à informação presente no genoma, o fenótipo se refere às características realizadas de um indivíduo, ou seja, o que se pode ver e sentir. O fenótipo depende diretamente da combinação entre o genótipo e o meio no qual o indivíduo se desenvolve. Assim, o fenótipo de um indivíduo é aquilo que se vê ou que ele demonstra. Por exemplo, um Shiba correto ignora tiros, isso não é evidente, senão quando o submetemos a um teste, está em seu fenótipo. Mais simples, é o caso de o exemplar apresentar as orelhas devidamente inclinadas para a frente, pois qualquer um pode ver.

O genótipo se refere à carga genética que um indivíduo possui e que não necessariamente será expressa em seu fenótipo. A expressão de uma característica existente no genótipo de um exemplar, manifesta-se no fenótipo quando obedece a certos regramentos pertinentes à Ciência Genética, tais como a dominância ou recessividade, a epistasia e outras combinações mais complexas. Além disso, há certas condições ambientais, tais como moléstias, que prejudicaram a evidência da característica.
Apesar de não evidente, o genótipo é muito importante. Um cão vermelho pode ter um gene recessivo para Black and Tan (preto e castanho). Cruzado com outros cão vermelho de igual genótipo, vai determinar a predominância do preto e castanho nos fenótipos dos filhotes.

Handler é um profissional que apresenta cães em exposições cinófilas.

Os níveis de progesterona na cadela variam ao longo do ciclo estral e desempenham um papel crucial na reprodução. Vou explicar como esses níveis se comportam:

1. Pró-estro: Durante essa fase, os níveis de progesterona são baixos. A cadela apresenta sangramento vaginal e está receptiva ao macho.

2. Estro: Quando a ovulação ocorre, os níveis de progesterona aumentam. Cerca de dois dias após o pico de LH (hormônio luteinizante), a concentração de progesterona fica entre 4 a 10 ng/ml.

3. Metaestro: Após o estro, os níveis de progesterona permanecem elevados (em média, cerca de 30 ng/ml) até aproximadamente 40 dias após o pico de LH. Depois desse período, eles começam a diminuir gradualmente até o momento do parto.

4. Anestro: Essa é a fase de descanso sexual, e os níveis de progesterona são baixos.

Durante a gestação, os níveis de progesterona devem permanecer constantemente altos até o parto. A dosagem da progesterona é útil para acompanhar o cio, avaliar a gestação e indicar a proximidade do trabalho de parto¹². 

Os níveis de hormônio luteinizante (LH) nas cadelas variam ao longo do ciclo estral e desempenham um papel crucial na reprodução. Vou explicar como esses níveis se comportam:

1. Pró-estro: Durante essa fase, os níveis de LH são baixos. A cadela apresenta sangramento vaginal e está receptiva ao macho.

2. Estro: Quando a ovulação ocorre, os níveis de LH aumentam. Cerca de dois dias após o pico de LH, a concentração de LH fica entre 4 a 10 ng/ml.

3. Metaestro: Após o estro, os níveis de LH permanecem elevados (em média, cerca de 30 ng/ml) até aproximadamente 40 dias após o pico de LH. Depois desse período, eles começam a diminuir gradualmente até o momento do parto.

4. Anestro: Essa é a fase de descanso sexual, e os níveis de LH são baixos.

Durante a gestação, os níveis de LH devem permanecer constantemente altos até o parto. A dosagem da progesterona é útil para acompanhar o cio, avaliar a gestação e indicar a proximidade do trabalho de parto

A eclampsia em cadelas, também conhecida como hipocalcemia puerperal ou febre do leite, é uma condição médica grave que pode afetar fêmeas durante o período de amamentação. Essa condição é caracterizada por uma diminuição nos níveis de cálcio no sangue. Vamos entender melhor:

• O que é a eclampsia em cadelas? A eclampsia ocorre principalmente em cadelas que estão amamentando. Ela está relacionada à necessidade súbita de cálcio no organismo durante o período do parto e pós-parto. Esse cálcio é essencial para a calcificação do esqueleto dos filhotes e para a produção de colostro e leite. Em algumas cadelas, essa demanda pode ocorrer até cerca de 20 dias após o parto¹².

• Causas da eclampsia em cadelas:

  • Dieta inadequada: Uma alimentação deficiente em cálcio pode levar à atrofia da glândula paratireoide, responsável pela produção do paratormônio. Esse hormônio estimula a reabsorção de cálcio no intestino e nos ossos, além de reduzir sua eliminação pelos rins. Quando essa glândula não funciona corretamente, ocorre a hipocalcemia¹.
  • Raças e ninhadas: Cadelas de raças pequenas e primíparas (primeiro parto) são mais suscetíveis, especialmente aquelas com ninhadas numerosas. No entanto, qualquer cadela, independentemente do porte ou raça, pode desenvolver eclampsia¹.

• Sintomas da eclampsia em cadelas: Os sinais incluem:

  • Tremores musculares
  • Rigidez
  • Falta de coordenação
  • Convulsões

• Tratamento da eclampsia em cadelas:

  • O tratamento é urgente e envolve a administração intravenosa de cálcio para corrigir a deficiência.
  • Além disso, a cadela pode receber medicamentos para controlar os sintomas, como anticonvulsivantes e analgésicos.
  • É essencial interromper a lactação e alimentar os filhotes com uma fórmula adequada³⁴.

Lembre-se de que a eclampsia é considerada uma situação grave, e é importante buscar ajuda veterinária imediatamente

A distocia em cadelas é uma condição grave que ocorre durante o parto, na qual a fêmea é incapaz de expulsar os fetos de forma adequada. Essa situação pode representar riscos tanto para a mãe quanto para os recém-nascidos. Vamos entender melhor:

• Definição da distocia em cadelas: A distocia é caracterizada pela dificuldade ou incapacidade da cadela de eliminar os filhotes pelo canal do parto. Quando isso acontece, é necessário atendimento veterinário urgente para evitar complicações e preservar a saúde de todos os envolvidos.

• Causas da distocia: Existem várias causas que podem levar à distocia em cadelas:

  • Origem materna: Processos relacionados a patologias reprodutivas e nutricionais, como ruptura uterina, torção uterina, problemas ósseos e fraturas pélvicas.
  • Inércia uterina primária: Alguns casos ocorrem devido à falta de contrações uterinas, deixando a fêmea na fase de dilatação e dificultando a expulsão dos filhotes.
  • Raças predispostas: Cadelas braquicefálicas (como o buldogue inglês, buldogue francês e pug) e cães em miniatura (como chihuahua, pequinês e yorkshire) têm maior predisposição à distocia¹².

• Sintomas e riscos:

  • A distocia pode causar sofrimento fetal e materno.
  • A duração do parto está relacionada à mortalidade dos filhotes, sendo a falta de oxigênio (hipóxia) uma das principais causas de morte.
  • É importante reconhecer os sinais, como dificuldade na expulsão, contrações ineficazes e desconforto da cadela.

Se você suspeita de distocia em sua cadela, procure assistência veterinária imediatamente.

Desalinhamento de mordedura, resultante de uma hipotrofia da maxila, ou hipertrofia óssea da mandíbula: a mandíbula é mais larga do que o maxilar. Prognatismo inferior: na verdade pro significa para a frente, mas por vício de linguagem a cinofilia internacional adotou esse termo para tanto para a maxila quanto para a mandíbula, definindo como inferior quando a maxila é maior do que a mandíbula e inferior para a situação inversa.

Os pólipos são crescimentos anormais formados por tecidos de mucosa que se desenvolvem em cavidades ocas, como os seios nasais, intestinos, estômago, bexiga e útero. Eles têm formato semelhante a uma lágrima e geralmente resultam de processos inflamatórios locais, sendo benignos e não neoplásicos. Embora mais comuns em gatos, os pólipos nasofaríngeos também podem ocorrer em cães, afetando as vias respiratórias superiores e, em alguns casos, prejudicando o olfato. A presença de pólipos pode estar associada a otites recorrentes e síndrome vestibular.

A síndrome vestibular é um distúrbio neurológico que afeta o equilíbrio e a orientação espacial dos cães. Ela resulta de problemas no sistema vestibular, responsável por traduzir as forças de gravidade e movimento em sinais neurológicos. Os sintomas incluem nistagmo (movimentos rápidos e involuntários dos olhos), perda de equilíbrio, inclinação da cabeça, andar em círculos e dificuldade para se levantar ou caminhar. Felizmente, a maioria dos casos apresenta rápida melhora e recuperação. A síndrome pode ser periférica (afetando o ouvido interno) ou central (originando-se no sistema nervoso central) e, em alguns casos, ocorre de forma idiopática, sem causa específica